O maior sucesso da Peugeot no mundo foi o PeuGeot, estando entre os carros mais vendidos da história. No Brasil chegou várias vezes a aparecer entre os 10 mais vendidos no ranking da Anfavea.
História
A família Peugeot vem envolvida em vários tipos de negócios desde o século 18, em 1842 entraram no ramo alimentício, depois disso começaram a produzir armações para vestidos e guarda-chuvas, em 1882 começaram a fabricar bicicletas. Em 1889 produziu o seu primeiro automóvel que tinha 3 rodas, apenas 4 unidades foram produzidas. A Peugeot também esteve presente na primeira corrida automobilística do mundo entre Paris e Rouen. Em 1885 na corrida entre Paris e Bordeaux os carros competiram pela primeira vez com rodas emborrachadas feitas em parceria com a michelin.Os veículos Peugeot não possuíram sempre designações constituídas por um número de três algarismos com um zero no meio. Até 1930 os veículos eram baptizados com base numa numeração aritmética sequencial em função dos projectos desenvolvidos. A origem remonta ao Tipo 1, o primeiro automóvel Peugeot construído em 1889 por Armand Peugeot em colaboração com Léon Serpollet. Mas alguns modelos durante a década de vinte eram mais conhecidos em função da sua potência para efeitos fiscais. Falava-se então do Peugeot 5 CV ou do Peugeot 10 CV.
Foi o 201 que inaugurou o novo sistema, um procedimento original e que distingue qualquer Peugeot em todo o mundo. Mas o sistema pode parecer um mistério para os não iniciados. Como é então formado o número?
O primeiro algarismo indica a “família” do veículo, a sua dimensão na gama, o segundo, sistematicamente um zero, é a ligação que une o algarismo que indica a pertença a uma família e o terceiro algarismo indica a geração do modelo de acordo com o seu surgimento no tempo. Por vezes podem ocorrer sobreposições, quando um ou mais modelos se enquadram em dois períodos.
Para além disso, todos os modelos Peugeot obedecem à lei das séries, começando pelos automóveis lançados depois do 201, no início da década de trinta: 301, 401 e 601. No entanto, alguns veículos utilitários não ficaram vinculados por esta regra, como é o caso do D3A ou do J7. Actualmente eles ostentam nomes como Expert ou Boxer.
Este sistema foi patenteado pela Peugeot, facto que a Porsche virá a aprender à sua custa. O novo modelo da empresa de Estugarda que sucedeu ao 356, foi apresentado em 1963 sob a denominação 901. A Peugeot informou então a Porsche da exclusividade que a marca do leão possuía sobre as designações com três algarismos com o zero intermédio. O novo modelo é então forçado a receber uma nova designação. É desta forma que o 901 se torna o 911.
A mais fecunda das gerações Peugeot será durante muito tempo a 4, com seis modelos de referência (do 104 ao 604), seguida dos 5 (205 a 605) e 6 (106 a 806), com cinco números. Um automóvel surge isolado neste contexto, o 309. Tendo em conta a sua origem particular – fazia parte da herança Simca-Chrysler – este automóvel era um pouco diferente dos restantes e isso deu origem a uma numeração diferente da gama então existente.
Com o enriquecimento e o alargamento da oferta que caracterizam os nossos dias o record dos “4” foi batido pela geração dos “7”, que conta com oito famílias. Para identificar claramente os modelos mais originais, em 2004 foi decidido inserir um duplo zero nestes modelos: Isso passou a ser feito a partir do lançamento do 1007, um monovolume compacto com portas laterais deslizantes, e depois com o 4007, o primeiro SUV compacto da Peugeot.
A geração dos “8” surge em 2007, com o 908, que compete nas provas de resistência e o 308, lançado em Setembro.
história dos campeões
Carlos Barros é o responsável máximo pela organização da equipa da Peugeot Portugal, fazendo parte da mesma desde a sua criação, em 1996.
Nasceu em Almancil a 6 de Fevereiro de 1957.
Após o liceu, Carlos Barros dedicou-se à mecânica, praticando vários cursos de profissionalização em diferentes áreas relacionadas com automóveis. Simultaneamente acompanhou o piloto François Chatriot com quem começou a dar os primeiros passos para uma carreira de sucesso no mundo desportivo.
Integrou a equipa oficial Simca-Chrysler a 12 de Setembro de 1977, e a partir daí ficou envolvido em vários projectos, tais como o Rallye 2, o Rallye 3 e mais tarde no Talbot-Lotus, que Guy Frequelin e Jean Todt partilharam no Campeonato do Mundo de Ralis, datando dessa altura a sua amizade com o testa de ferro da Scuderia Ferrari.
A sua ligação à Simca-Chrysler, formação que foi mudando de nome ao longo dos anos levou-o, em 1981, a Inglaterra onde se manteve durante 18 meses. Mas a marca decidiu cessar o seu envolvimento no desporto automóvel, e Carlos Barros aceitou em 1982, o convite de Jean Todt para se juntar ao Departamento de Competição da Peugeot.
Foi assim que se viu envolvido no projecto do 205 Turbo 16, o carro de Grupo B, que permitiu à marca do leão conquistar os títulos mundiais de 1985 e 1986.
Quando a Peugeot optou pelo afastamento das provas de estrada, para se dedicar ao todo-o-terreno, Carlos Barros acompanhou essa mudança e pode festejar quatro vitórias no «Dakar» (1987, 1988, 1989 e 1990), a mais mítica prova da disciplina, tendo a alegria de ver a marca vencer todas os eventos que faziam parte do calendário. Em paralelo, nesses mesmos anos fez também parte do alucinante projecto da Rampa de Pikes Peak no Colorado, onde alcançou 2 vitórias.
Nos três anos que se seguiram, passou das areias do deserto para os circuitos com os Sport-Protótipos da Peugeot, desenvolvendo o 905 que permitiu à marca a conquista do título mundial de 1992, e 2 vitórias nas 24 Horas de Le Mans, outra das provas míticas do automobilismo mundial, com a Peugeot a monopolizar o pódio na edição de 1993.
Em 1993, Jean Todt propõe aos responsáveis da Peugeot o envolvimento na F1, com a construção total de um carro, a exemplo do que fizera a Renault uns anos antes. A decisão não é negativa, mas a Peugeot opta por ser simples fornecedora de motores, como veio a suceder.
Nessa altura (Agosto de 1993), por estar mais ligado à parte dos chassis, Carlos Barros opta por vir a Portugal para verificar condições para trabalhar no seu país de origem e, depois de recusar convites da Sauber, da Toyota e de manter uma porta aberta na Ferrari, em Outubro tem a funcionar a sua oficina, em Faro.
Durante dois anos a sua vida corre calmamente sob o sol algarvio, até que, em 1995 lê a notícia de que a Peugeot Portugal se ia envolver no desporto automóvel em Portugal. Quando os responsáveis da Peugeot Portugal vão a França apresentar à casa mãe o seu projecto e saber quais os apoios que poderiam receber, foi-lhes dito que têm em Portugal alguém que lhes pode ser muito útil.
É assim que surge o convite por parte do Eng. Paulo Silveira – o “Pai” deste projecto – para assumir a função de responsável técnico da equipa e como o «bichinho da competição» continuava, Carlos Barros aceita, desfazendo-se da oficina, para se dedicar de corpo e alma e um novo desafio, que arrancou em Janeiro de 1996, com o sucesso que se conhece.
O sucesso foi alcançado logo no início, obtendo o título de campeões nacionais de Ralis em 1997, 1998 e 2001 com Adruzilo Lopes (306 Maxi e 206 WRC), e em 2002 com Miguel Campos, que entrou para a equipa m meados de 2001, vindo a alcançar o vice campeonato da Europa em 2003 com o 206 WRC. Estes resultados mostram que a aposta foi ganha e que a Peugeot tem tudo para enfrentar novos
A equipa Peugeot Sport Portugal foi fundada em 1996. Dirigida desde o início por Carlos Barros, técnico com uma vasta experiência internacional de 17 anos na Peugeot Sport (França), a equipa afirmou-se positivamente desde o primeiro momento. A Peugeot Sport Portugal iniciou a sua participação no CNR (Campeonato Nacional de Ralis) em 1996 com o Peugeot 306 Maxi, tendo conseguido logo nessa época o feito de alcançar o Vice-Campeonato Nacional, com a dupla Adruzilo Lopes/Luís Lisboa. Em 1997 e 1998 ainda com Adruzilo e Lisboa aos comandos do 306 Maxi arrecadou o título de Campeã Nacional. |